terça-feira, 9 de março de 2010

Programa Música Minas promove shows no Rio de Janeiro

Em março, o Centro Cultural Carioca recebe o melhor da musica contemporânea mineira

O Programa Música Minas realiza, durante o mês de março, uma série de apresentações com alguns dos mais representativos nomes da música mineira no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Carioca (Rua do Teatro 37, Centro - www.centroculturalcarioca.com.br).

A programação conta com shows de Flávio Henrique (dia 9 de março, terça-feira, às 21 horas); da banda Cor de Fubá e Fernando Sodré (dia 23, terça-feira, 21 horas) e do Gastrophonic e a banda Sambavesso (dia 31 de março, quarta-feira, às 21 horas).

As apresentações integram as ações promovidas pelo Programa Música Minas, iniciativa do Fórum da Música de Minas Gerais em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais. O programa busca promover a exportação e a divulgação da nova música mineira.

Flávio Henrique
Flávio Henrique apresentará nessa turnê do projeto Música Minas um show baseado em seu último CD ‘Pássaro Pênsil’, lançado em 2008 pela gravadora Biscoito Fino. No palco, ao lado de Flávio, apresentam-se os cantores Kadu Vianna e Mariana Nunes, dois grandes destaques da nova geração de intérpretes mineiros com quem o compositor trabalha desde o início das carreiras. Na banda Gustavo Figueredo (teclados), Kiko Mitre (baixo), Neném (bateria), Kadu Vianna (Violões e vocal), Mariana Nunes (voz) e Flávio Henrique (violão e voz).

Do repertório do CD ‘Pássaro Pênsil’ fazem parte do roteiro as músicas Mãe (Flávio Henrique e Guile Wisnik), Azul de Passagem (Flávio Henrique e Márcio Borges), Primeiro Sol (F. Henrique, Celso Viáfora e Vitor Santana), Amor do Céu, Amor do Mar (Flávio Henrique e Milton Nascimento). Flávio Henrique também interpretará canções de outros de seus sete álbuns lançados como: Casa Aberta (parceria com Chico Amaral gravada por Milton Nascimento), Hotel Maravilhoso (gravada por Ed Motta), Lud (parceria com Carlos Rennó gravada por Ná Ozzetti), A luz é como a Água e Rave no Sertão (canções de sua autoria compostas para o último CD de Mariana Nunes).

Fernando Sodré
Reconhecido como um dos maiores representantes da nova geração de violeiros, aos 30 anos de idade, Fernando Sodré inovou, em parceria com a Hootz Lutheria, na criação da viola de 14 cordas, um instrumento único, com maior extensão harmônica e um timbre surpreendente. Sua trajetória de sucesso a mistura à sonoridade peculiar da viola caipira com a forma engenhosa que o artista toca o instrumento. Influenciado por grandes nomes brasileiros como Tom Jobim, Raphael Rabelo e Milton Nascimento e por artistas internacionais como Pat Metheny e Paco Del Lucia, em seu novo disco, Fernando mostra a qualidade e a raridade de suas inovações para este instrumento.

Em 2006, lançou seu primeiro CD independente com composições próprias, parcerias e releituras. Em seu segundo trabalho, CD “Rio de Contrastes”, realizado por meio da Lei Federal de Incentivo a Cultura, com o patrocínio da Petrobrás, Sodré demonstra ousadia na execução da viola e com seus arranjos valoriza o instrumento. O disco conta ainda com a participação do bandolinista Hamilton de Holanda, e músicas de Daniel Santiago e Yamandú Costa.

Cor de Fubá
Com um set musical inusitado, o show “Permacultura” da banda Cor de Fubá procura semear uma nova visão para os ritmos de raiz, mesclando o tradicional com timbres contemporâneos, experienciando, dessa forma, a música universal. O grupo Cor de Fubá trabalha com variados gêneros musicais, passeando pelo samba, funk, baião, drum n’bass, salsa e elementos eletroacústicos. Os vídeos projetados, produzidos pela própria banda, bem como intervenções de dança e teatro, fazem do show “Permacultura” um espetáculo legítimo, no qual a tecnologia não subestima o tradicional e nem o tradicional a tecnologia, representando a idéia da cultura de permanência na sociedade atual.

O Cor de Fubá é formado por Carlinhos Meira (Contrabaixo, Percussão, Escaleta e voz), Elias Mendes (Bateria, Percussão e Voz ), Iberê Sansara- (Percussão, Sanfona, Escaleta, Efeitos Eletrônicos e Voz), Luis Otávio Goulart (Pífano, Cavaquinho, Trompete e Voz), Maria Clara Teixeira (Percussão, Cavaquinho e Voz), Saulo Campos (Saxofone, Pífano e Voz), Wagner (Pífano, Escaleta e Voz).

Gastrophonic
Gastrophonic é um projeto solo do músico, compositor, arranjador e produtor Guilherme Castro. É um projeto de experimentação de linguagens, norteado por hibridações entre os universos poético, musical e visual, utilizando-se da interatividade como fator de integração entre elas. Neste show, o artista se apresenta acompanhado pelos músicos Avelar Jr. (Baixo) e Léo Dias (Percussão e Marimba de vidro).

O Gastrophonic parte da experimentação na dimensão poético-literária para uma versão, também experimental, de um equivalente musical. São poemas do próprio artista, que revelam influências de escritores mineiros — como Carlos Drummond e Guimarães Rosa — e que, musicados, encontram seu modo de existir na interseção entre técnica e temática. À propósito, são temas fortes, atuais, que refletem a contemporaneidade e suas idiossincrasias, contendo teor lúdico e crítico ao mesmo tempo. Na dimensão musical, o experimental se dá pela inclusão de elementos e técnicas oriundas da música concreta e eletrônica a serviço da canção, percorrendo um território ainda pouco explorado. Isso enaltece a dramaticidade musical e destaca as possibilidades semióticas dadas pelos poemas, dialogando assim de uma outra forma com a tradição da canção popular brasileira.

Sambavesso
Uma das revelações da nova cena musical juizforana, o grupo Sambavesso apresenta uma verdadeira mistura de sonoridades. Tendo no “samba” seu fio condutor, a banda passa pelo swing da black music, o rock, o blues, o choro, o maxixe, a bossa nova e até o drum n’ bass. O resultado é música popular brasileira contemporânea, boa para ouvir e dançar e com um inquieto espírito de experimentação. No show os músicos fazem uma releitura livre para composições de artistas variados que tiveram o samba como fonte criativa. Zé Kéti, Los Hermanos, O Rappa, Assis Valente, Chico Buarque e Geraldo pereira são alguns dos nomes que entram nessa mistura – além dos próprios compositores da banda.

Formado há cerca de três anos, o Sambavesso é composto um time do primeiro escalão da música popular juizforana com longa experiência de palco em outros projetos: por Dudu Costa (ex-banda Gato por Lebre e intérprete solo) e Edson Leão (Pampas Geraes, Eminência Parda e FBI) nos vocais, Danniel Goulart (FBI, Eminênia Parda) na guitarra, Lula Ricardo (banda de Nanda Cavalcanti, Tio Sam na Frigideira) no contrabaixo, Ângelo Goulart (banda de Nanda Cavalcanti, Tio Sam na Frigideira e Silva Soul) na bateria e Fabrício Nogueira (Clube do Choro) no cavaquinho.

Programa Música Minas
O programa Música Minas é uma iniciativa de um grupo de artistas e profissionais da música, que se uniu, organizou e criou o Fórum da Música de Minas Gerais, representando as entidades: SIM - Sociedade Independente da Música, COMUM - Cooperativa da Música de Minas, AMMIG - Associação Artística dos Músicos de Minas Gerais, AAMUCE – Associação dos Amigos do Museu do Clube da Esquina e FEM – Fora do Eixo Minas.

O Música Minas tem como objetivo básico promover a exportação e disseminação da música mineira e conta com a decisiva parceria da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais. Ele se baseia em duas categorias: Circulação Nacional de Artistas Mineiros e Passagens para Deslocamentos Nacionais e Internacionais.

A primeira – Circulação, selecionou 25 artistas residentes no Estado (assim como seus músicos acompanhantes) para apresentarem por diversas capitais brasileiras – três para cada artista. Em contrapartida, estes músicos participam de oficinas culturais em cidades do interior mineiro.
A segunda categoria, Edital de Passagens, promove a ida de profissionais da música a festivais, feiras, congressos, desde que tenham sido oficialmente convidados pelo evento. É mais uma maneira de contribuir e incentivar a disseminação da cultura musical mineira pelo país e pelo mundo.

Atualmente, fazem parte do programa Música Minas 25 artistas que até o mês de março 2010 terão realizados 75 shows e oficinas. São eles: Marina Machado, Marku Ribas, Toninho Horta e Vander Lee (na categoria Renome); Aline Calixto, Amaranto, Falcatrua, Fernando Sodré, Flávio Henrique, Pedro Morais, Renegado e Zé da Guiomar (Destaque); Black Sonora, Cor de Fubá, Dokttor Bhu e Shabê, Gastrofonic, Joana Boechat, Juliana Perdigão, Lucas Avelar, Pandeiro Mineiro, Samba de Luiz, Sambavesso, Thiago Delegado e Tom Nascimento (Revelação).

Outras informações: www.musicaminas.com.br / www.musicaminas.blogspot.com