segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Leila Pinheiro abre a segunda temporada do Mistura Minas com show inédito em Belo Horizonte


 Cantora se apresenta no Teatro Bradesco nos dias 28 e 29 de março; Aline Calixto e Thiago Delegado são os convidados especiais das duas noites

Leila Pinheiro gravou inúmeros sambas nos seus quase 20 discos dedicados à música popular brasileira. No show “Eu canto samba”, que será apresentado pela primeira vez em Belo Horizonte, a cantora passeia por um repertório de obras inesquecíveis de criadores como Dorival Caymmi, Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Paulinho da Viola, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e Dona Ivone Lara, entre tantos outros. Leila também interpreta sambas que fizeram sucesso nas vozes de Clara Nunes, Elis Regina, Roberto Ribeiro e Alcione, por exemplo.

Acompanhada por Thiago da Serrinha (cavaquinho, bandolim e violão), Diogo Cunha (violão sete cordas), Julio Florindo (baixo elétrico), Quininho e Luiz Augusto (percussões) – jovens bambas arregimentados pelo craque Pretinho da Serrinha –  Leila Pinheiro sobe ao palco para homenagear com sua voz e interpretação únicas o mais popular e brasileiro de todos os gêneros musicais.
 “Eu canto samba” abre a segunda temporada do projeto Mistura Minas, com curadoria da Casulo Cultura. Os cantores Aline Calixto e Thiago Delegado, representantes da nova música mineira, farão participações especiais nas duas apresentações.
Leia a seguir um texto de Nei Lopes, compositor revisitado por Leila neste novo show:
O fino do samba
Por Nei Lopes
O samba é tudo aquilo que a gente quer que ele seja. Desde que a gente saiba o que ele quer ser. Foi dentro dos princípios contidos nesta afirmação que o samba nasceu simples batuque de umbigada e se tornou o gênero-mãe da música popular brasileira, símbolo indiscutível de nossa identidade musical. Foi assim que, ao longo de quase um século, o gênero gerou subgêneros, estilos, modalidades... E se internacionalizou transmutado em bossa nova. Exagero? Então, conte aí quantas vezes a bossa nova se disse samba: “Samba de uma nota só”, “Samba do avião”, “Samba em prelúdio”, “Samba de verão”...
Leila Pinheiro, talentosa e antenada, sabe disso. E sabe muito bem o que está fazendo quando traz para o palco o creme mais fino do samba (exaltação, de morro, de mesa, de fundo de quintal, de tendinha, de salão elegante, etc.), nas finas elaborações de músicos e poetas atemporais como Almir Guineto, Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Ary Barroso, Ataulfo Alves, Cartola, Dorival Caymmi, Elton Medeiros, Herivelto Martins, Herminio Bello de Carvalho, Ivan Lins, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Paulo Vanzolini, Zé Kéti e Zeca Pagodinho... Que timaço!
Ela sabe que excluir o samba do grande concerto da MPB é apenas uma bobagenzinha mercadológica. Como sabe também que até o fim da década de 60, “samba” era sinônimo de “música popular brasileira”, e que sua cultura e suas possibilidades foram exaltadas em pelo menos treze sambas de Chico Buarque, quatro de Tom Jobim e outros tantos de Caetano Veloso. Leila sabe das coisas! Por isso é ótima vê-la e ouvi-la, agora, no palco, com sua bela voz adornada pelas doces harmonias e altas baixarias de violões, cavaquinho, bandolim, bamboleando nas síncopas de uma percussão escoladíssima.
Nelson Sargento que nos desculpe, mas o samba jamais agonizou. O que ele fez foi se multiplicar – e bem. Estão aí o samba-jazz, o samba-rock, o samba-reggae, o samba-funk que não nos deixam mentir. O samba é tudo aquilo que a gente quer que ele seja. Desde que a gente saiba o que ele quer ser. E Leila Pinheiro, definitivamente, sabe.
EU CANTO SAMBA, de Leila Pinheiro
QUANDO: 28 e 29 de março, às 21 hs
ONDE: Teatro Bradesco – Rua da Bahia, 2244, Lourdes, Belo Horizonte
QUANTO: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia entrada para estudantes e maiores de 65 anos)
E MAIS: Classificação livre
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